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17 de janeiro de 2025
Psicóloga fala sobre o Janeiro Branco, voltado à saúde mental
A psicóloga Bruna Slaviero abordou sobre o Janeiro Branco, mês voltado à saúde mental, no Programa Conexão desta sexta-feira (17).
"É um mês de convite para falarmos sobre saúde mental e de termos um olhar sobre nós mesmos, eu costumo dizer para os pacientes, que cuidamos de tantas pessoas, como nossos pais, avós, irmãos, filhos e sempre nos colocamos em último lugar".
A psicóloga comenta que atualmente existem muitos meios para pedir ajuda.
"Temos muitos meios de como pedir ajuda, temos pessoas especializadas nisso para te ajudar, então, falta essa autoconsciência para a gente se olhar com carinho, compaixão e mais cuidado".
Ela acrescenta que o tema não é mais visto como um tabu, mas ainda se tem um olhar com desconfiança sobre a saúde mental.
"O tema saúde mental é ainda algo que é visto como uma bobagem, como algo sem importância. Assim como nosso corpo adoece, a nossa mente também adoece. Quando estamos com gripe e febre, o que somos orientados a fazer? Vamos para o médico. E em relação a nossa saúde mental, a gente suporta até onde a gente pode suportar, então, por que quando estamos doentes ninguém nos fala, procura ajuda?"
"Terapia é um ato corajoso!"
Segundo a psicóloga, a terapia é algo tão simples de fazer, mas ainda parece um peso muito grande.
"As pessoas muitas vezes tem a percepção de que não estão bem, e buscar a terapia é um ato corajoso. A gente vai curar com conversa, que é uma conversa sem julgamento. A gente não quer saber de questões que fujam do nosso interesse profissional, temos toda uma questão ética, pois estudamos por longos anos para entender cada caso".
A terapia é cientifica. "São estudos que a gente se aprofunda, como transtornos, ansiedade, depressão, cada caso é um caso".
Bruna reforça também sobre o impacto da saúde mental no dia a dia.
"Precisamos desacelerar, se a nossa mente não estiver bem, não vamos conseguir trabalhar, estudar, nos relacionar. Não podemos sair dando diagnósticos por aí, precisamos primeiro nos olhar, desacelerar, e refletir sobre: o que não está legal comigo?"
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A psicóloga elenca alguns dos sintomas de quando a saúde mental não vai bem, como: "a falta de ânimo, falta de vontade de sair de casa, uma tristeza profunda, alterações de humor que oscilam muito durante o dia, problemas de sono, não ter vontade de fazer o que fazia antes".
Ela dá algumas dicas de cuidado com a saúde mental.
"O autocuidado é subjetivo, pois depende do gosto de cada um, mas é importante se manter ativo em algum exercício físico, atividade cotidiana que faça você se movimentar. Quando a gente faz o que gosta, o que nos faz feliz, libera a serotonina, a adrenalina".
Conversar é muito importante
"Conversar sobre, é muito importe, que a gente não guarde tudo para a gente, ter esse ponto de apoio que são nossa família e amigos, não é uma terapia, mas eles podem nos ouvir", destaca Bruna.
Conforme a psicóloga, é importante não julgar o comportamento de outras pessoas.
"Que a gente não espere o pior acontecer, que a gente não julgue o comportamento, pois as pessoas não sofrem porque elas querem, existe uma história, traumas e motivos para ela estar onde está".
É importante, ainda, não neglicenciar os sentimentos.
"Então, que a gente não negue o que a gente está vendo, que a gente se olhe, e olhe para quem está conosco, porque os sintomas estão escondidos, mas é uma dor profunda, um sofrimento intenso que aquela pessoa está passando, e a gente não sabe. Então, que a gente possa estar atento a todos os sinais, e ofereça ajuda mesmo que a gente considere que não precise".
Assista à entrevista completa aqui!
Por: Maria Gabriela Ribeiro | Jornalista do Portal Conecta