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29 de janeiro de 2025
Médica veterinária explica sobre a vacinação contra a raiva
A raiva é uma doença aguda e fatal, onde em quase 100% dos casos o tratamento é ineficaz, e o animal vem a óbito.
"A raiva é transmitida pelos morcegos, tanto hematófagos e não-hematófagos, hematófagos se alimentam de sangue, ao morder o animal eles acabam inoculando o vírus, e não-hematófagos (são aqueles que não se alimentam de sangue), o morcego contaminado não vai ir até o gato morder, pois ele não tem esse hábito", explica a Médica Veterinária, Rosemarli Peukert.
Conforme a médica veterinária, a raiva apresenta-se de duas formas: a paralítica e a furiosa, sendo a forma paralítica a que mais tem se apresentado.
Os sinais da raiva são semelhantes a outras doenças, então é sempre importante procurar atendimento para um diagnóstico preciso.
"Procure se informar sobre quais vacinas precisam ser feitas, e isso te dá uma proteção de praticamente 100%, a vacina da raiva é obrigatória, e extremamente importante por ser uma doença tão grave, a vacina é a única arma contra a raiva", acrescenta.
Humanos em contato com morcegos, o que fazer?
Rosemarli orienta procurar a Vigilância Sanitária para capturar o animal, e também buscar atendimento médico na Unidade Básica de Saúde. "Não precisa ter sido necessariamente mordido, mas mordido ou arranhado por cachorro, ou gato, procure atendimento".
Neste mês em Porto Alegre foram coletados dez morcegos e dois positivaram para raiva. "É preciso ficar alerta pois o vírus está circulando, mesmo em morcegos, está circulando. E no ano passado, de 283 coletas, dez foram positivos, esse dado é da Vigilância Sanitária da capital".
A médica veterinária faz um alerta também para os tutores de animais de caça legalizada. "Os animais precisam sempre estar vacinados, o tutor consegue a liberação, com esses animais com o protocolo vacinal em dia".
A vacina da raiva é a partir dos três meses, com reforço anual até o final da vida do animal.
"Para animais que nunca foram vacinados e já são idosos, nesses casos, é feito uma primovacinação, faz uma dose e em 21 dias faz outra dose, pois esse animal já tem mais dificuldade do organismo responder, depois dessas duas doses, faz um reforço anual", finaliza.
Assista à entrevista completa aqui!
Por: Maria Gabriela Ribeiro | Jornalista do Portal Conecta